quinta-feira, 27 de março de 2008

Como pular a cerca e voltar ileso!

Universitários são libidinosos por definição. Afinal de contas, é na faculdade que você pega todas aquelas meninas que, quando você tinha 13 anos, só ficavam com caras de 19 pra cima. Nossa vingança vem aos 60, quando só pegamos mulheres de 20. É da vida. Os homens são atabalhoados. Binários. Primatas. Cometem erros básicos, que terminam por inviabilizar o livre trânsito por cima da cerca. Sempre acabam enganchando a barra da calça em alguma flerpa do cercado.

Mulheres também o fazem, por vezes. Mas no geral são mais espertas — o que é extremamente preocupante. Apresento, então, algumas dicas aos colegas que querem entrar, e com segurança, no mundo da traição, do adultério e dos prazeres carnais. Mas ressalto: são construções puramente teóricas, baseadas em depoimentos e observações. Sou um cara sério. Pensem nesse texto como um serviço de utilidade pública. “Já que vai fazer, faz direito”.

1) Nunca subestime o poder da negação. Cara de pau é fundamental. Treine o controle sobre suas expressões, movimentos e reflexos. Bons jogadores de pôquer sabem que sempre exprimimos algo, mesmo que de maneira sutil. Seja firme, enfático. Frases como “você confia mais em mim ou nessa sirigaita?” costumam colar. Na dúvida, negue, negue e negue. O básico é acreditar mesmo nas próprias versões — vide o Maluf, tá solto até hoje. Auto-convencimento é o primeiro passo.

2) Fez bobagem, haja naturalmente. Já reza o ditado: “Quando a esmola é muita, o santo desconfia”. Aparições repentinas com flores, bombons e demais mimos, INESPERADAS, levantam suspeitas. Cara, você pegou a amiga da sua prima. Relaxa, sua namorada não sabe! Controle-se.

3) Não faça em qualquer lugar. Um sábio professor costumava dizer: “Sexo é uma questão geométrica, e namoro é uma questão geográfica”. São Paulo é uma cidade grande. Sua namorada é de Moema? Vá no Tatuapé! Há milhares de bares, baladas, sinucas, motéis, cinemas e afins na cidade. Não seja panguão.

4) Nada de recordações registradas. Bilhetinhos, e-mails, mensagens de celular e afins são confissões por escrito [ver item 7, abaixo]. Apague tudo, sem dó. A memória é suficiente, rapaz. Fique esperto. Ah, sim, sempre que puder (especialmente motéis e drive-ins), pague em dinheiro. Cheques e cartões podem fazer você dançar.

5) Deixe seus feitos para uma biografia póstuma. Não saia alardeando suas conquistas por aí, Camões. E lembre-se: todo melhor amigo tem um melhor amigo, e por aí vai. Numa dessas, todo mundo fica sabendo. Especialmente se a traição ocorrer com alguém do mesmo círculo da sua namorada. Ok, não tem graça se “os cara” não ficarem sabendo. Mas tenha bom senso, cara-pálida.

6) Escolha o alvo com rigor. Óbvio que se aquela gostosona do trampo der mole não tem nem conversa. Você pega e vai começar a se preocupar no dia seguinte. Mas é aí que a barra pesa. No geral, vale a regra: ou pegue alguém que não tem o menor contato com a dita cuja, alguém que não há a menor chance de ter uma ligação. Muito cuidado, certifique-se bem que não há nenhum, nenhum tipo de contato. O mundo é pequeno. Ou pegue alguma que tenha namorado, que não vai te denunciar. Ou ainda, as good as it gets: pegue a melhor amiga dela, que não vai te dedar de jeito nenhum.

7) Orkut. Passe longe. É sério.

Resumindo, é isso. O problema é que não tem jeito. Não temos lá muita escolha; se olhar mais assim, pegamos mesmo. É da vida.

*Para as mulheres, um recado: agora que já conhecem alguns segredos fiquem espertas. Eles sabem o que fazem.

Por Roberto Lopes

www.manualdocanalha.com

4 comentários:

Juliana Gatti disse...

huahauhhaahuahauhauuaha....
sem comentarios!!!
hauahauhauahuhaahuhuahuahu

Carlos HS Brandão disse...

Canalhaaaaaaaaaa!!!
Não é a toa q vc é o predador.
Huahuahuahuahua

Juliana Gatti disse...

hauhauhauhauhauaa....
amei o comentario do kdu!

Bruno disse...

Fala biba!!! Esse é o cara!!!!

add meu blog ae...

http://tekn0s.blogspot.com/